As mobilizações do Abril Vermelho este ano já acontecem em 17 estados. Em Minas Gerais o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra prepara uma jornada de lutas, que começa no dia 25, com um grande acampamento na capital, reunindo cerca de 1.500 sem terras de todas as regiões.
A jornada tem objetivo de denunciar a paralisia da Reforma Agrária, a negligência do governo mineiro e a perseguição do estado aos movimentos sociais. O território de Minas é extorquido por empresas como a Vale, a Fibria, a Bunge, com apoio do governo tucano. Estas transnacionais recebem subsídios para seus negócios e concessões das terras devolutas, pelas quais pagam menos de um real por ano para cada hectare. Elas exploram a terra e têm lucros exorbitantes no plantio de eucalipto, por exemplo.
Nos 4 meses de governo Anastasia, já foram executados 4 despejos de áreas onde as famílias Sem Terra produziam seus alimentos, tinham escola e já comercializavam seus produtos em feiras e mercados na região. Existem mais 13 pedidos de reintegração de posse. O governo do estado nunca entrou nas áreas do movimento para abrir estradas, construir barraginhas, implementar agroindústrias, capacitar a produção e a comercialização dos produtos. Somente a polícia militar se faz presente, nos despejos. Os órgãos ambientais concedem licenciamento a todo tipo de projeto de grandes barragens, mineração, etc. Para os assentamentos, muitas vezes licenciamento é sinônimo de empecilho à produção.
Os problemas não se limitam ao campo. Estão acontecendo mobilizações sindicais, indicando greves de professores, médicos, policiais civis... E a partir do dia 30, começa o III Encontro dos Movimentos Sociais, com o lema “Minas não quer choque, quer terra, trabalho e educação!”. Assim, o MST reafirma a unidade entre campo e cidade e chega à capital anunciando: desta vez o governador não ficará tranquilo em sua fortaleza administrativa!
Direção Estadual MST – MG
Mais informações sobre a jornada:
Geanini Hackbardt
(31) 8881-2806
Setor de Comunicação
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